Once, in the past

O lugar é cadeia de montanhas a sudoeste de Fiore, o ano X788. Bob, Ooba e Macao tinham se aposentado e para a eleição de seus sucessores todos os membros de suas respctivas Guildas foram reunidos em suas respectivas sedes. Candidato a herdar a Fairy Tail, Sin trata de promover Uki como melhor escolha e praticamente fugir de Magnólia para Shirotsume com a Missão Classe-S de investigar e conter ações de tráfico nas rotas portuárias entre Fiore e Minstrel debaixo do braço. Alheio a tudo isso o jovem Kurama percorria as áreas mais gélidas de Fiore em busca de sua mãe, a Dragão do Gelo, Glacyne. O rapaz acaba chegando exatamente na cadeia de montanhas que separa a capital do Reino, Crocus, do porto Sudoeste. Coincidentemente ou não, o mesmo lugar para onde Sin decide ir ao deixar a cidade para dar início a sua missão.

O vento parecia uivar nas montanhas anunciando uma nevasca. Longe das estradas que servem rotas de passagem para a região onde tanto a Corte do Conselho Mágico quando a capital Crocus se localizam homens moviam-se apressados. O ritmo de trabalho era rápido, demonstrando ter sido aumentado para compensar a noite que provavelmente seria tomada pela neve que cairia dentro de algum tempo. Alguns armados, outros varrendo os campos brancos e frios, outros tantos carregando freneticamente montes e montes de caixas enquanto os mais variados sons ecoavam.

É de senso comum que mercadores não passavam pelas cadeias de montanhas rumo ao Porto Sudoeste de Fiore. A estrada que circunda a formação rochosa é de longe mais rápida, segura e até confortável. A única razão para alguém trabalhar carregando caixas rumo porto naquelas montanhas era evitar as autoridades, em outras palavras, contrabando. Feras, certamente raras e provavelmente mágicas eram movidas entre as árvores, sem qualquer intervenção até que um grito cortava o ar.

Uma garoto gritava por sua mãe, uma criança, e alardeava os batedores mais próximos que antes de avisar colegas de patrulha decidiram buscar a fonte do barulho. Em pouco tempo encontraram a figura pálida de cabelos prateados deitada no chão. Seu alvo indefeso. Parecia um menino indefeso, algo que não merecia um alerta a seus colegas. Decidiram então se dividir, esgueirando-se por entre as árvores e cercando o jovem enquanto o líder do grupo aparecia.

- Ei, garoto, o que você está fazendo aqui? Dizia o homem desarmado, envolvido em peles de tom transitório entre branco e cinza literalmente dos pés a cabeça. A voz embora alta saíra abafada pela máscara preta que lhe cobria até o nariz. Por acaso você se perdeu? Está procurando seus pais?

Na verdade não importava. Àquela altura o menino estava na mira dos demais batedores e o perguntar tinha apenas uma razão ao único objetivo de saber quantas pessoas acompanhavam o garoto. Era difícil imaginar uma criança parar desacompanhada no meio de um local tão gélido e hostil, certamente deveria estar com um ou dois adultos, com sorte preocupados e idiotas o bastante para chamar pelo pela criança e se deixarem encontrar rapidamente. Sim, com sorte aquilo não duraria mais do que alguns minutos e poderiam todos voltar para junto da fogueira ao redor da qual montavam guarda. Isso se o vento cada vez mais forte e frio não tivesse feito o favor de apagar as chamas.